Considerações sobre a manifestação contra a “esquerda” e seus ônus: o Ato contra Cesare Battisti*
Ana Caroline Campagnolo
Algumas considerações sobre a manifestação contra a “esquerda” e seus ônus:
2. Os esquerdistas quando chamados de “comunistas”, levantavam as mãos e urravam: “é isso mesmo”, “ainda bem”, “sou mesmo”. Logo, para eles isso nem consegue ser percebido como ofensa. (Falei obviedades).
3. Em determinando momento o Xongro Tanatus Klan passava a ficha criminal do terrorista no megafone e ao dizer “matou 4 pessoas”, um vermelho gritou “e daí?”. Como assim “e daí que ele matou 4 pessoas”? Se bem que para quem defende um regime sanguinário que arrola milhões de mortos 4 não é um número de causar efeito!
4. Apresentaram resistência apenas quando eles estavam em evidente maior número. Resistência essa manifestada assim – dois momentos exemplares:
a) Após o final dos protestos os “vermelhos” encontraram um sr. (provavelmente mais de 60 anos) que antes estava na manifestação. O GRUPO de marmanjos (vários) hostilizou e ameaçou o tal sr. (que estava sozinho parado por ali).
b) No segundo protesto**, que foi silencioso e não passou de pendurar as faixas ao redor e ficar por ali conversando, cada vivente que atravessou, encarregou-se de gritar um “fascista”, “seus podres”, “nojentos”, “coxinha!”. Aproximaram-se do nosso amigo Vitor em três e com uma câmera em mãos. Sem antecedentes que justificassem qualquer uma destas palhaçadas, fizeram quase enfiar a câmera na cara do Vitor, em tom de ameaça, enquanto uma mulher se fazia de vítima e outro vermelho fazia acusações: “você é um estuprados, seu fascista. Você estava dizendo antes que ia estuprar não é?” Importante observação: O Vitor jamais disse ou deu a entender absolutamente NADA sobre estupro algum. O pessoal é completamente mau-caráter mesmo, querendo simular algo com a câmera na mão.
5. Encontramos uma pichação “1 conservador = 1 opressor”. Fala sério, rs.
6. O Battisti não ter aparecido foi mais uma estratégia da esquerda do que uma vitória nossa. O mundo não vai mudar com essa manifestação, mas se algumas almas bem intencionadas pelo menos perceberem um pouco do que está acontecendo, ótimo.
7. De terrorista já basta a nossa presidenta. De bandidos já bastam os petistas. Fora Battisti, e FORA FORO DE SP, pra não perder a mania. rs
- A psicologia com que os esquerdistas analisam as outras pessoas é simples: Por trás de situações banais do cotidiano constroem a hipótese de um mecanismo opressivo anônimo embutido na estrutura social e em seguida imputam a culpa dele a você pessoalmente. (Olavo de Carvalho)
Testemunho de um manifestante anônimo
O que aconteceu foi que na parte da tarde (18:00) foi realizada a palestra prevista, sem a presença do assassino, feita pelo biógrafo dele e professor da Unicamp, Carlos Lungarzo. Uma pessoa – que estava do nosso lado, mas que eu, nem o resto do pessoal conhecemos – chegou cedo e descaracterizado e sentou num canto discretamente. Nós, jovens estudantes da manifestação da manhã, chegamos em cima da hora com nossos cartazes e mesma roupa e fomos todos barrados a força na porta, pela tropa de choque vermelha. Ele foi o único a entrar na palestra. No meio da pregação marxista do professor, levantou e tendo borrifado tinta vermelha na mão esquerda – conforme se vê no vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=i1V0o_BqMBs – levantou um cartaz com os nomes dos mortos pelo bandido e gritou para o palestrante que esses nomes deveriam constar da biografia do assassino carniceiro. A surpresa foi geral, pois esperavam que a “tropa de choque” tivesse feito seu trabalho. Ainda dentro do auditório do Fórum da Ilha, bradou que “aquilo nas suas mãos era tinta mas nas mãos de Battisti era sangue mesmo”. Foi xingado de “fascista”, “porco imperialista” e “nazista da direita imperialista”, esses os publicáveis. Eram uns vinte molambentos cabeludos stalinistas que acham que o Muro ainda está de pé. Empurraram e tentaram dar uns chutinhos de bambi. O “manifestante” enfrentou e disse que eles é que eram das SA e tropa de choque vermelha. Foi embora sem mais problemas.
É claro que isso não vai aparecer na mídia nem nas redes sociais apesar de ter sido fotografado até em close pela comunalha. Havia três câmeras filmando. Ele mesmo não pôde fotografar por impossibilidade física e medo de ter seu celular IPhone, símbolo imperialista Yankee, “expropriado”.
LINK do ocorrido:
http://www.tv.ufsc.br/noticia.php?not_ID=725
Minha observação: No vídeo é possível ver o pessoal correndo para cima do sujeito. Então o vídeo é cortado, não mostrando o que ocorre em seguida.
Recado da testemunha para mim: “Ela e seus amigos, verdadeiros brasileiros decentes, saibam que a luta continua e que seu esforço não foi em vão!”
Notas
* Este texto foi originalmente publicado no Facebook de Ana Caroline Campagnolo e aqui organizado por Antonio Pinho.
** No dia 6/11/2013, houve duas manifestações na UFSC, completamente independentes, contra a vinda de Cesare Battisti. Uma ocorreu às 12h diante da reitoria, e depois percorreu outros lugares da universidade, como a parte de fora do RU, o CFH, o CCE, e a rótula da UFSC. Esta manifestação contou com a participação de umas 20 pessoas. A segunda ocorreu a partir das 17h30min, diante do auditório do Fórum do CCJ da UFSC, (por sinal é um local bem isolado no campus. Medo de reações negativas?) que consistiu apenas na exibição de uns 5 cartazes com dizeres contrários à palestra. Alguns que participaram da manifestação do meio-dia – por volta de 5 pessoas – souberam na véspera que haveria outras mais tarde e ficaram para apoiá-la.
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